Sobre o Fluxo Invisível

O projeto intitulado “Fluxo Invisível, uma Ode à Diversidade” emerge como uma iniciativa que celebra e valoriza as manifestações culturais da comunidade LGBTQIAPN+, reconhecendo a importância de suas histórias na construção de identidades individuais e coletivas. O nome “Fluxo Invisível” é uma metáfora poderosa que captura a essência de histórias não contadas e das correntes invisíveis de diversidade que fluem através das experiências LGBTQIAPN+. Sugere tanto a invisibilidade que muitas vezes acompanha essas narrativas, quanto o reconhecimento e a celebração dessa diversidade através de uma homenagem artística, representada pela “Ode à Diversidade”.

Este projeto propõe um espaço de escuta e expressão, onde vozes que muitas das vezes são silenciadas, encontram ressonância através da arte. A partir de oficinas da comunidade LGBTQIAPN+ e afrodiaspórica, o projeto se debruçou sobre essas experiências de risco, vulnerabilidade e de coragem. Este processo buscou não apenas dar visibilidade a essas potências, mas também compreender as dinâmicas emocionais e sociais envolvidas, incluindo o impacto dessas oficinas para com o desenvolvimento cultural e econômico.

Em um segundo momento, o projeto se desdobrou por meio de uma residência artística que reuniu dois coletivos de dança contemporânea: o “Corpos Falantes”, sediado na Vila Prudente, e a “+Uma Companhia de Dança”, de São Caetano do Sul, cidade reconhecida por seu conservadorismo. Ao longo de um mês, esses coletivos, junto a artistas LGBTQIAPN+ negros convidados, compartilharam experiências e desenvolveram uma obra (Zona 21)que traduziu, através do movimento, as narrativas corporais e emocionais que emergiram desses relatos pessoais. O resultado desse processo se deu em quatro apresentações públicas nas cidades do ABCD e em São Paulo.

O projeto se concretiza agora através dos corpos de Felipe Julio e Carlos Veloso, com o espetáculo (Des)consertem os seus cor-ações.

Carlos Veloso

Carlos Veloso é um multiartista, com experiência nas artes da Dança e Teatro. Mestre em História Social da Dança e Doutorando em Artes da Cena pela UNICAMP, foi bailarino de companhias renomadas no Brasil. É professor de Jazz Contemporâneo, dança contemporânea e forró universitário. Atualmente, é Diretor do Espaço Cultural Corpos Falantes e do Coletivo Cultural do Coletivo Corpos Falantes.

Felipe Julio

Felipe Julio é bailarino, coreógrafo, pesquisador da relação entre câmera e movimento, docente de jazz e dança contemporânea, diretor e produtor cultural. Licenciado e bacharel em Dança pela Universidade Anhembi Morumbi, pós-graduado em Docência para o Ensino Superior e mestrando em Artes da Cena pela UNICAMP, atua entre a criação, a educação e a pesquisa em dança. Integra a Companhia de Danças de Diadema e é fundador e diretor artístico da “+ Uma Companhia”. Idealizador da plataforma Caixa Preta, também compõe trilhas sonoras e desenvolve o projeto “Subjetividade, movimento e virtualização”. Conselheiro de cultura em São Caetano do Sul, é ativista das causas LGBTQIAPN+ e das negritudes, reafirmando a arte como espaço de resistência e transformação.

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